Nos últimos anos, a cibersegurança evoluiu de uma abordagem perimetral para uma perspectiva mais proativa e adaptativa, e a vanguarda dessa transformação é o conceito de Zero Trust Network Access (ZTNA) - Acesso Baseado em Confiança de Rede Zero, uma abordagem revolucionária em segurança cibernética que está ganhando cada vez mais destaque na proteção de sistemas e dados sensíveis.
Essa abordagem se baseia na premissa de que não se pode confiar automaticamente em usuários ou dispositivos, mesmo quando estão dentro da rede corporativa. Em vez disso, exige verificações contínuas de identidade, autenticação e autorização, independentemente de onde a conexão está sendo feita, seja a partir de um dispositivo na sede da empresa ou remotamente de uma cafeteria em outro continente, por exemplo.
De acordo com um artigo de um dos nossos fabricantes parceiros, o wmware: “O ZTNA difere das redes privadas virtuais (VPNs, pela sigla em inglês) porque concede acesso apenas a serviços ou aplicativos específicos, enquanto as VPNs concedem acesso a uma rede inteira. À medida que um número crescente de usuários acessa recursos em casa ou em outros locais, as soluções de ZTNA podem ajudar a eliminar lacunas de outras tecnologias e métodos de acesso remoto seguro.”
Ao adotar o ZTNA, as organizações implementam políticas rigorosas de controle de acesso, que analisam e validam constantemente a confiabilidade dos usuários e dispositivos. Isso é feito através de técnicas como autenticação multifatorial, certificados digitais, análise de contexto e microsegmentação de rede. Além disso, a inspeção de tráfego é realizada em nível de aplicação, permitindo uma visibilidade granular das atividades em tempo real.
Outro ponto fundamental do ZTNA é o princípio do menor privilégio. Isso significa que os usuários e dispositivos têm acesso apenas ao que é estritamente necessário para realizar suas funções, minimizando assim a superfície de ataque e reduzindo o risco de movimentação lateral em caso de comprometimento.
Além disso, o ZTNA também tem a capacidade de adaptar-se dinamicamente a mudanças nas condições do ambiente de rede e às ameaças emergentes. Isso é especialmente valioso em um cenário onde a infraestrutura e os padrões de trabalho estão em constante evolução, como é o caso de muitas organizações modernas.
Desconstruindo a Confiança Implícita:
A abordagem tradicional de segurança confiava em uma mentalidade de "confiança até que se prove o contrário". Com uma fronteira claramente definida entre o interno e o externo, uma vez que um usuário ou dispositivo estivesse dentro do perímetro, era frequentemente tratado como confiável por padrão. No entanto, com o aumento das ameaças internas e sofisticação dos ataques, essa mentalidade se tornou insuficiente.
O ZTNA inverte essa lógica. Ele assume que, em qualquer ponto e a qualquer momento, não se pode confiar automaticamente em um usuário ou dispositivo, mesmo quando estão dentro da rede corporativa. Cada ação e conexão deve ser verificada e autenticada continuamente, independentemente da localização ou contexto.
Autenticação Multifatorial e Certificados Digitais:
O ZTNA também se apoia em técnicas avançadas de autenticação, como autenticação multifatorial, para garantir a validade da identidade do usuário. Além disso, certificados digitais são frequentemente empregados para estabelecer uma conexão segura e confiável entre o usuário e a rede.
Visibilidade e Análise em Tempo Real:
A visibilidade em tempo real é um pilar crítico do ZTNA. Ao inspecionar o tráfego em nível de aplicação, a solução oferece uma visão detalhada das atividades, permitindo identificar padrões suspeitos ou comportamentos anômalos rapidamente.
O ZTNA representa uma evolução significativa na maneira como encaramos a segurança de redes. Ao eliminar a confiança implícita e adotar uma postura de verificação contínua, as organizações estão melhor posicionadas para proteger seus ativos mais valiosos contra ameaças internas e externas. Portanto, a implementação do ZTNA não é apenas uma tendência, mas uma necessidade crítica em um mundo digital cada vez mais interconectado e vulnerável.
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